Preparação
Como é feita a correção do Enem
Publicado em 06 de abril de 2022Atualizado em 08 de junho de 2022.
A correção do Enem obedece a um método específico que foi selecionado para garantir uma nota final mais justa aos estudantes. No entanto, nem sempre é tão fácil compreender como são feitos tais cálculos.
A dificuldade em fazer essa contagem surpreende muitos estudantes quando os resultados são divulgados. Por isso, é importante saber como é feita a correção do Enem para se preparar adequadamente, superando as dificuldades e salientando os pontos fortes!
Acompanhe como é feita a correção do Enem pelos especialistas do MEC e estude para as provas de forma mais assertiva!
Método antichute no Enem
O que muita gente não sabe é que a correção e a formulação do Enem foram pensadas para evitar que estudantes pontuem acidentalmente, ou seja, chutando alternativas aleatórias durante a prova.
Essa técnica é chamada de teoria da resposta ao item ou TRI. O TRI é um método de correção bastante vantajoso para quem está se preparando de verdade, mas que também costuma ser confuso para a compreensão de como os pontos são somados.
A diferença principal entre o Enem e os vestibulares das universidades é que o critério para a nota não é somente a soma dos acertos mais a nota da redação. A pontuação final também considera a coerência entre respostas de mesmo tema ou conceitos.
Esse é o motivo pelo qual, mesmo conferindo o gabarito, a pontuação pode não bater somente pela soma de acertos. Apesar de causar ansiedade, o método é bastante seguro para evitar que estudantes ainda com conhecimento insuficiente acessem a universidade.
Comparação entre acertos
Comparar acertos entre os estudantes também pode não condizer com os resultados finais, ou seja, dois gabaritos com o mesmo número de acertos provavelmente não farão a mesma pontuação ao final da avaliação.
Isso ocorre porque a coerência entre as respostas totais de dois estudantes comparando gabaritos provavelmente será diferente, ainda que com o mesmo número total de acertos. Um estudante que pontua em somente uma das questões que envolvem probabilidade, por exemplo, tem grandes chances de ter chutado o item.
No entanto, o processo é bem mais complexo e baseado em um método científico seguro, por isso os candidatos podem ficar tranquilos. A ideia é não prejudicar quem realmente estudou e somente evitar acertos acidentais.
O modelo base do Enem são provas com 45 questões cada, com exceção da redação, que é corrigida de acordo com critérios de linguagem, escrita, ortografia, coesão e coerência, além de se manter fiel ao tema proposto.
Outra vantagem da correção baseada no método TRI é que ele confere se os estudantes que acertaram questões complexas sobre determinado tema também conseguiram pontuar com questões mais fáceis do mesmo assunto, tema ou conceito.
Essa é uma forma inteligente de selecionar os estudantes que realmente aprenderam e sabem o conteúdo, afinal, quem acerta uma questão complexa provavelmente não erra outra menos complicada sobre o mesmo assunto.
Seleção das questões
Outra dúvida comum aos estudantes que prestam o Enem é como são feitas e selecionadas as questões que constam na prova.
No Brasil, temos o Banco Nacional de Itens (BNI), que recebe novas questões constantemente. Basicamente, especialistas de todas as áreas formulam questões e enviam para o Banco, que se torna a fonte da composição final do Enem.
Outros especialistas ligados ao Inep selecionam as melhores questões, que são testadas antecipadamente por estudantes. Dessa forma, é possível medir o nível de dificuldade e de complexidade de cada questão.
Essa etapa é fundamental para servir de base à correção, já que o modelo TRI considera a coerência a partir de complexidade e mesmo campo teórico ou temático.
Ao final de cada etapa de construção das provas do Enem, o Inep possui diversas questões selecionadas, separadas por nível de complexidade. Assim, é possível construir diversas provas que chegarão ao mesmo valor final em nota, mas com questões diferentes.
Parâmetros para a correção do ENEM segundo o modelo TRI
De acordo com o Inep, o modelo matemático TRI utilizado para formulação e correção das questões do Enem é guiado por três parâmetros básicos, que estão descritos mais adiante. Acompanhe a leitura!
Discriminação
O parâmetro de discriminação corresponde a elementos utilizados para discriminar, em razão da resolução das questões, os estudantes que realmente dominam o conceito ou habilidade cerne da questão.
Assim, uma questão sobre limites geográficos testará o poder de discriminação que o estudante realmente possui sobre o tema.
Dificuldade
O parâmetro de dificuldade é o que o Inep utiliza para valorar o quanto determinada habilidade é difícil de ser apropriada. É importante observar que o grau de dificuldade é medido em relação à habilidade, e não em relação à questão.
Esse é um dos parâmetros que dificultam para que o estudante saiba sua nota, já que, quanto maior o nível de dificuldade, maior a nota concedida pelo acerto na questão.
A base desse parâmetro funciona da mesma forma que provas de proficiência em línguas.
Acerto casual
O acerto casual é quando o estudante chuta ou supõe a resposta correta. Atualmente, o Enem é formulado visando a dificultar esse fator.
Dessa forma, as questões elaboradas buscam reduzir potencialmente essa possibilidade, que também é prevista na coerência entre diversas questões de mesmo tema e habilidade.
Regras de proficiência
Atualmente, a proficiência dos estudantes não varia mais de zero a mil em cada campo do conhecimento. Essa forma de correção só é feita na prova de redação.
Nos demais conteúdos, os valores mínimos e máximos são definidos em razão dos itens selecionados pelo estudante.
Embora não seja possível ao candidato calcular sua nota com o gabarito em mãos, o ideal é ter uma boa noção de como a correção é feita. Alcançar uma boa nota na redação e investir muito na compreensão e na interpretação dos enunciados é uma excelente estratégia.
Desde seu início, o Enem é considerado uma prova longa e bastante cansativa. Assim, quando o estudante possui boa compreensão e capacidade de leitura e interpretação de enunciados longos, suas chances de obter notas mais altas são elevadas.
O cansaço também é um inimigo, já que muitas horas de prova podem influenciar diretamente no desempenho na nota final. Para evitar esse fator, a melhor estratégia são os simulados.
Os simulados conseguem replicar condições reais das provas o máximo possível, como tempo, enunciados, quantidade de questões e habilidades a serem testadas. O desafio é se manter motivado para os estudos e para a resolução das provas.
Por isso, o melhor é estudar em um colégio que se preocupa com seu desempenho no Enem e faz dos simulados um projeto contínuo para a educação no Ensino Médio.
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